26 de ago. de 2010

Segundo dia -Thanjavur

* Calor de matar neste dia, e era já era o período de monções, porém neste ano ainda nada de chuva para a tristeza dos indianos que seguiam indo aos templos pedir aos deuses que agraciasse com água vinda dos ceus. Eu estava felicíssimo pela falta da chuva, menos transtornos para visitar os lugares

03 de agosto, terca-feira - 7 da manhã e já estava pegando um onibus de Trichy para Thanjavur para conhecer o Big Temple. Apás me bater para encontrar o onibus e sair gritando e perguntando a varias pessoas "THANJAVUR", finalmente coúnsegui achar. Para estar totalmente certo confirmei com as pessoas dentro do onibus.

 Como era o local de inicio da linha de onibus, estava vazio e consegui sentar em um banco. Pelo caminho o onibus ia lotando (tipo pinga-pinga no Brasil).A tarifa de uma hora e meia de viagem: 25 rpias (R$1,00). O onibus pertencia ao governo, e não possuia ar-condicionado, mas naquele momento não me importava porque era o inicio da viagem e a euforia era grande por contar adiante como eram os onibus na Índia.

 Chegando em Trichy, como sempre na Índia, sempre aparece alguem abordando para oferecer algum serviço, transporte, guia, ou hospedagem. Passei reto e não dei chance de me incomodar. Perguntei a uma jovem que me indicou aonde pegar o onibus para o "BIG TEMPLE", ou Templo e Forte Brihadishwara (melhor chamá-lo de Big Temple).

 Chegando, descobri que não se cobrava ingresso para e de longe já percebi a maravilha que era. Contruído em 1010 pelo Rajaraja (Rei dos Reis), sua organização era tanta que nas paredes do templo haviam inclusive  os nomes e endereços de todos os dançarinos, músicos, barbeiros e poetas (Fonte: Lonely Planet India, p. 1084, setembro de 2009). No centro do templo havia  um touro de 6X3 metros  que pesava 25 toneladas,  feito em apenas uma pedra. Era fascinante as dimensões para aquela época. (e hoje também). Nas laterais haviam varias pinturas, em especial uma que mostra Buda próximo de Shiva, que corta a cabeça de seus demonios porque eles haviam sido convertidos do hinduísmo para o budismo. Lamentavelmente não consegui encontrar esta pintura. Já era quase meio dia e o calor ficava insuportável.

Entrada do Big Temple

Touro de 25 tonelas esculpido em uma só pedra
Indiana que pediu para que eu tirasse uma foto dela

Familia indiana solicitando uma foto comigo

Ornamentos no Gopuram

Do Big Temple, segui para o Palácio do Marajá e fui ovacionado por inúmeras estudantes de 13 e 14 anos que passavam e apertavam a minha mão de maneira tímida. Queria passar desapercebido mas esta vez não deu. Chegando no Palacio, aproveitei para relaxar e descansar por uma hora pois o calor havia sugado todas as energias.

Conheci lá dentro um professor aposentado de História da Arte pela Universidade de Cambridge e saímos conhecer o Palácio junto. Com ele consegui extraír excelentes informações que me foram extremamente úteis do decorrer da viagem.

- Primeiro: comprar bilhetes de trem pelo site www.cleartrip.com ao invés do site oficial do governo
- Segundo: sempre comprar bilhetes de trem nas melhores categorias, ou seja com ar-condicionado, e nunca viajar na categoria sleeper (povão), pois além de ser apenas janelas que ventilam o vagão, alí entra o limite de pessoas que cabem pelo espaco e tambem os locais em que roubam as malas
- Terceiro:  comer iogurte (curd) todas as manhãs para adquirir as bactérias locais
- Quarto: nunca comer carne na Índia, pois as vacas se alimentam de lixo e plástico
- Quinto: para que as pessoas não te incomodem na rua, coloque um fone de ouvido enorme (desligado) e as pessoas pensam que ele esta escutando mp3

 Com estas informações, que parecem muito simples, me foram de extrema utilidade e fiz o melhor uso até o final. Não tive nenhum incidente de roubo nos trens ou infecção intestinal durante toda a viagem.

 Durante a conversa, Cris que iria viajar pela India por 2 meses, contou queque todos os bilhetes de trem havia comprado com dois meses de antecedencia. Também me explicou para observar como as pessoas locais se vestem para saber como suportar o calor de maneira mais fácil.


Também perguntei o por que em todos os templos é necessário tirar os sapatos e segundo ele, um possivel motivo seria porque assim não teria distinção de classes, todos seriam iguais e que na Europa, nas igrejas, era possivel distinguir os ricos dos pobres dentro da igreja somente olhando para os sapatos. Esta era a versão dele.

 Retornei a Trichy la pelas 4 da tarde, com dor de cabeça, almocei, e fui tirar um cochilo as 5:30 da tarde e  levantei apenas as 7 da manhã do dia seguinte, num total de 13 horas e meia de sono.

 Próxima parada: Madurai.

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