INÍCIO DE UMA JORNADA DE 24 DIAS POR UMA PAÍS QUE NÃO SABIA O QUE ESPERAR.
2 de agosto segunda-feira - Voei de Colombo, Sri Lanka a Chennai e Trichy, Índia. Tempo estimado de voo era de 1 hora e 30 minutos mas o voo acabou durando apenas 45 minutos (nao sei porque e também ninguém explicou), então foram mais de uma hora e trinta minutos sentado no avião que seguiria de Chennai a Trichy. O voo saiu de Colombo às 9 da manhã e cheguei em Trichy as 13:30.
Chegando em Trichy percebi que o aeroporto ainda estava em construção e os serviços de imigração eram uma MERDA, com funcionários lentos e grossos. Pediram meu passaporte na fila para verificar o visto, apenas para tentar intimidar, e ficaram olhando com uma cara estranha, então perguntei se havia algum problema e se iriam me deportar. Ficaram sem jeito e me mandaram eu a um clichê diferenciado. Como viajo freqüentemente a Hong Kong que fica há 15 minutos de casa (na China), o passaporte tinha apenas 2 paginas em branco. Solicitei ao Oficial de Imigração (com a maior educação possível) se poderia estampar em uma página que já havia sido usada com carimbos de outros países, mas ele prontamente estampou na página em branco SÓ PARA SACANEAR, além de demorar mais que o normal para verificar meu visto e passaporte.
Antes de sair fui verificar a taxa de cambio no aeroporto, que deveria ser algo em torno de 45 rúpias para cada dólar norte americano, mas ali estava 40 rúpias para cada dólar. Como não eu tinha rúpias, troquei apenas US$6 para conseguir chegar até a cidade.
Na saida do aeroporto haviam muitas pessoas oferecendo transporte, mas como havia lido no guia, havia ônibus na rodovia em frente ao aeroporto que levava direto a estação central aonde estão os hotéis baratos. Decidi seguir pela rodovia e ignorar a todos que me ofereciam transporte (em especial os tuk-tuks). O preço do ônibus: 4 rupias. Fui naquele pau-velho caindo aos pedaços até a estação chamada Cantonment para primeiro encontrar um banco para fazer cambio e depois buscar hospedagem.
No banco (estatal), ao entrar, lembrei dos bancos no Brasil na decada de 80 quando ia com meu avô. Filas enormes, mesas cheias de papel e pilhas de arquivos atrás das mesas. Nem tudo esta informatizado e muita coisa ainda é feita com livros.
Felizmente, por precisar fazer cambio, me levam a uma mesa de um diretor, que estava atendendo a outro cliente e que começou a fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Ele me informou que a taxa de cambio era de 45,5 rupias para cada dólar. Meia hora depois, alguns formulários preenchidos e algumas fotocópias tiradas do passaporte, consigo finalmente pegar minhas rúpias para poder buscar algum local para me hospedar.
Felizmente, por precisar fazer cambio, me levam a uma mesa de um diretor, que estava atendendo a outro cliente e que começou a fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Ele me informou que a taxa de cambio era de 45,5 rupias para cada dólar. Meia hora depois, alguns formulários preenchidos e algumas fotocópias tiradas do passaporte, consigo finalmente pegar minhas rúpias para poder buscar algum local para me hospedar.
Achei um hotel simples, com ventilador por 450 rupias. Ótimo, pois este era o meu orçamento de viagem para hospedagem, então ali fiquei. Almoçei carne com curry e arroz. Havia muito receio com a água e com a limpeza, então utilizei meu próprio garfo e faca de plástico que havia comprado na China, além de tomar apenas água mineral de garrafa lacrada (foi regra por toda a viagem).
De lá fui ao que era o maior templo hindu na Índia, Templo Sri Ranganathaswamy, com 7 gopuram (portais enormes antes de entrar nos templos), o maior com 72 metros de altura. Ao passar por baixo, percebi a sujeira, o caos, o lixo, as vacas, os mendigos, os ambulantes, mas o que impressionou foi a quantidade de estátuas que decoram estes portais, com figuras dos deuses, princesas e avatars.
Dentro do Templo havia um elefante que após colocar dinheiro na trompa ele tocava a cabeça das pessoas. Era a maior atração para os turistas. Também a parte central do templo é reservada para os hindus. Por todos os lados haviam lingam de Shiva (pedra em formato de orgão sexual masculino) que é a mais popular forma de adoração pelos hindus.
Gopuram de 73 metros de altura
Figuras ornamentando o Gopuram
Pessoas reverenciando ao elefante
De lá, peguei outro onibus para uma fortaleza que também era um templo hindú, chamada Templo na Rocha. De fora chamava a atenção, mas e dentro, apenas o sistema de escadarias era interessante, escavada dentro da rocha, porém não muito decorado a ponto de valer a pena entrar. A vista do topo do templo lembrava o Marrocos, devido a arquitetura e cores das casas.
Vista do topo do Templo na Rocha, que se assemelha ao Marrocos
De lá peguei outro onibus para o centro e acabei descendo uma estação antes que deveria, mas que resultou algo muito bom por encontrar ali próximo um supermercado que pude comprar o básico e jantar samosas (algo semelhante a uma esfiha com recheio de batata dentro).
O primeiro dia na Índia me deixou com alta espectativa e as pessoas não foram de nada ruíns ou desagradáveis. Pronto para acordar no segundo dia bem cedo para uma viagem de 1 hora e 30 minutos para Thanjavur...
Oi Hera ficou muito legal, espere que continue postando as viagens.
ResponderExcluirbjo pai
Estou acompanhando o seu blog, e espero que este seja apenas o primeiro post de viagem, das suas inumeras experiencias. Bjos
ResponderExcluirQuando voce voltou da Europa ,nos passamos o dia todo vendo fotos e vc contando da viagem,eu adorei pois viajei junto atraves das fotos e de ouvir vc descrever os lugares... amei teu blog,mas ainda prefiro que vc venha aqui me contar pessoalmente,bjos tia Ana
ResponderExcluirPoxa Hera, parabéns mesmo, pelas aventuras, pelas postagens e tudo, realmente muito mais pratico, vc já tem historias mais que suficientes para escrever um livro, já pensou nisso? abraçao
ResponderExcluirMuito bacana Hera. Curioso para continuar lendo sobre essa sua viagem. Você se comunicava em inglês com o pessoal da Índia?
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