7 de out. de 2010

Vigésimo Segundo, Terceiro e Quarto Dias

Segunda-feira, 23 de agosto de 2010 - aproveitei para ficar no quarto e fechar as malas até o horário limite, 10 da manhã. De lá fui ao cyber-café e aproveitei para me atualizar e ler as páginas de notícias, escrever e-mails, enviar fotos, etc.

 Ao almoçar, dois indianos sentam e querem saber mais detalhes sobre o meu ponto de vista sobre as mulheres no Ocidente, por que segundo eles, são todas imprestáveis. Com um discurso moralista, ele me pergunta por que as mulheres com mais de 40 anos vem a Índia, e contratam rapazes jovens de 16 a 19 anos, passam uma semana bebendo, transando, usando drogas e depois os rapazes viram dependentes e as mulheres voltam para suas casa e suas vidas estragando a vida dos jovens indianos.


 Já incrédulo de tanta asneira, decidi dizer algumas coisas a este dentista indiano:


- primeiro, numa sociedade machista como a Índia, em que as mulheres não tem autoridade, o que estão fazendo estes jovens com estas mulheres ocidentais? Cade a educação dos pais para ensiná-los o que é certo e o que é errado? O que faz bem e o que faz mal?

- segundo, se aqui são os homens que mandam, por que estão os jovens recebendo ordens das mulheres? Não são homens suficiente para se impor e dizer o que fazem e o que não fazem?


- finalmente, o problema não são as mulheres, mas os jovens que não tem o que fazer. Se tivessem alguma ocupação, não estariam de garotos de programas.


 O pau ia começar a quebrar, e havia um engenheiro indiano de 22 anos no meio escutando tudo e ao invés de concordar com o indiano começou a concordar comigo. Já estava de saco cheio das asneiras e não estava nem um pouco afim de que alguém viesse me dar lição de moral por algo que não tinha feito e nem tinha visto.


 Logo consegui mudar de assunto pois queria encerrar a conversa e partir para o hotel para as 4:30 da tarde pegar o trem a Delhi.

 Neste dia notei que meu ouvido esquerdo já não estava 100% e não escutava bem.


  Já no trem, conheci uma familia de indianos em o chefe da familia trabalhava em Delhi num excelente cargo do governo, e que eram de classe média alta. O senhor conversou sobre vários problemas que a Índia enfrenta hoje, a falta de controle de natalidade, que foi discutido na década de 70 mas que por pressão de grupos étnicos nunca foi levado a sério o projeto. Lamentavelmente hoje a Índia possui 1,1 bilhão de habitantes e em breve ultrapassará a China sem poder oferecer o mínimo para seus cidadãos.

 Também me contou que a Índia não estava preparada para recebe os Jogos da Amizade, devido aos recentes casos de corrupção entre membros do comite dos jogos. Ao final me explicou que o problemas das vacas nas ruas da Índia não é devido ao fato de ser sagrada, mas relaxo de seus donos que apenas recolhem à noite. Durante o dia as vacas ficam sujando e bloqueando as ruas além de se alimentar de lixo e para piorar as pessoas tomam o leite destas vacas.


 Ao conversar com a esposa, senti uma certa frustraçào. Ela era graduada em Magistratura, mas só sabia contar das coisas que o marido havia alcaçado na vida. Nós temos 2 carros, duas casas em Jaipur, uma casa em Délhi. Não tinha nada relevante para contar, exceto os bens materiais alcaçados durante a vida.


 Num ato de bom senso, troquei de lugar com uma de suas filhas para que a família pudesse estar viajando junta nas quatro camas da cabine e eu fui a cama que correspondia ao lado oposto.

 A cada momento momento a audiçào piorava mais, chegando ao final da viagem sem poder escutar nada do que as pessoas diziam no meu lado esquerdo.



Terça-feira, 24 de agosto de 2010 - cheguei em Délhi as 11:30 da manhã, mas não senti nenhuma atração pela cidade, que era apenas favelas e lixo ao redor dos trilhos do trem. Ao descer da estação de trem, fui imediatamente ao posto de táxis com tarifa fixa e fui direto ao aeroporto.


 Uma hora depois estava lá e pronto para entrar no aeroporto. Como procedimento normal na Índia e Sri Lanka, antes de entrar é necessário apresentar o bilhete. Lamentavelmente eu havia esquecido de imprimir o bilhete correto, pois eu havia mudado a data, e na reserva dizia que eu voaria dia 25 de agosto. Não permitiram a minha entrada e ainda me mandaram imprimir uma nova reserva no terminal antigo, que estava desativado e que estava localizado os escritórios das companhias aéreas.


 Ao chegar lá descobri que a Air Asia não possuia escritório. Fui solicitando informações para o pessoal e finalmente consegui uma pessoa de uma companhia aérea do Turcomenistão que deixou que eu imprimisse no escritório da companhia aérea que ele trabalhava.


 Voltei ao terminal 1 e novamente o segurança me informa que não poderia entrar no aeroporto antes de 6 horas do voo.Solicitei a gentileza que permitisse que entrasse pois não estava bem e que não tinha para onde ir, logo prefiriria esperar dentro do que fora do aeroporto. Para não perder a arrogancia, o segurança disse que uma vez dentro, não poderia mais sair do aeroporto.


 Logo fui ao balcão de informações solicitar por atendimento médico. Fui informado que um médico custava o equivalente há $6,00 para me inspecionar mais remédios. Pedi que viesse imediatamente. Dez minutos depois o médico chegou, mas disse que no meu caso ele não poderia fazer nada, apenas levar a um hospital, porém que não me preocupasse porque em 3 dias eu voltaria ao normal. Como não estava afim de sair dali para correr o risco de perder o voo, então agradeci esperei alí por 6 horas até pegar o voo.



Quarta-feira, 25 de agosto de 2010- cheguei cedinho em Kuala Lumpur na Malásia e tentei trocar o meu bilhete de Kuala Lumpur a Shenzhen, China das 4 da tarde para o voo das 6:30 da manhã. Lamentavelmente não consegui, então tinha um plano B, almoçar com a Ana (colega da época de faculdade) e seu esposo, Fernando, que estão vivendo lá há quase um ano.




Como já havia visitado ela no início da viagem, havia aprendido o caminho de metro para o edifício das torres do Petronas.  Visitei uma livraria e logo segui para o ponto de encontro.


Por sorte conseguimos encaixar os horários, e nos encontramos na Estação Sentral (é assim mesmo que se escreve) e almoçamos em um restaurante local e uma hora depois já estava de partida para o aeroporto.


Seguia surdo do ouvido esquerdo, mas o Fernando me havia contado que também teve este problema recentemente e aí fiquei menos assustado.


Cheguei com tempo no aeroporto e depois de 4 horas de voo de Kuala Lumpur a Shenzhen estava de volta nos braços da Fu Ling.


Quanto ao ouvido, fiz uma limpeza no hospital aqui na China, tomei antibióticos, e depois de uma semana, voltou ao normal.


OBRIGADO PELA SUA PACIENCIA ATÉ AQUI. ESPERO QUE VOCE POSSA DIVULGAR ESTE BLOG PARA OUTRAS PESSOAS QUE ESTEJAM CURIOSAS SOBRE O QUE EU VI E CONHECI NA ÍNDIA. EM BREVE COMEÇAREI A CONTAR AS HISTÓRIAS DAS CHINA.

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