19 de set. de 2012

Mesmos países, outro incidente.

Dando continuidade ao post de ontem, sobre a tensão entre a China e o Japão, em 18 de setembro de 2003, outro incidente diplomático arranhou as relações entre eles.





Orgia de japoneses na China causa incidente diplomático
Segunda-feira, 29 de Setembro de 2003, 18:45 | Online

Uma gigantesca orgia de três dias, envolvendo 400 turistas japoneses e 500 prostitutas chinesas, entre os dias 16 e 18 num hotel de luxo do sul da China - supostamente para comemorar a invasão da China pelo Japão, em setembro 1931 - provocou mal-estar entre o governo dos dois países. "O que ocorreu foi odioso", declarou Kong Quan, porta-voz do Ministério do Exterior da China.

A polícia fechou o hotel temporariamente e prendeu vários suspeitos de organizar o bacanal. O dia 18 de setembro de 1931 traz amargas lembranças para os chineses. Esta foi a data em que o Exército Imperial japonês invadiu a China e cometeu várias atrocidades contra seu povo - incluindo milhares de violações e a escravidão sexual de até 40 mil chinesas. A orgia - cujos organizadores ainda não tiveram a identidade revelada - ocorreu em Zhuhai, na Província de Guangdong (sul), em vários andares do luxuoso Zuhai International Convention Center Hotel.

Cerca de 500 prostitutas de clubes, prostíbulos e karaokês de Zhudai e Shenzhen, a preços no equivalente a entre US$ 145 e US$ 215 por noite, passaram os três dias com 400 turistas japoneses de entre 16 e 37 anos. Segundo a polícia, gravações do circuito interno de tevê do hotel, mostraram cenas de japoneses agarrados a até quatro prostitutas nos corredores e elevadores. A repercussão da orgia foi imediata.

"Esperamos que o governo japonês procure melhorar a educação de seus cidadãos sobre as leis chinesas", criticou Kong. A prostituição é oficialmente proibida no sul da China, mas suas cidades são famosos pontos de turismo sexual.

Embora fontes ligadas ao serviço comercial do hotel (sobre quem teria recaído a tarefa de organizar o bacanal) garantam que a escolha da data não levou em conta o aniversário da invasão militar japonesa, muitos chineses ficaram revoltados. Em vários sites e na imprensa chinesas, o episódio foi tratado como "vergonha nacional". Milhares deles chegaram a exigir o boicote pela China de produtos japoneses. Após interditar temporariamente o hotel, a polícia prendeu alguns suspeitos para interrogatório.

"Vamos investigar tudo para saber se as informações da imprensa correspondem à verdade" ponderou uma porta-voz do Departamento de Segurança de Guangdong.


Fonte: http://www.estadao.com.br/arquivo/mundo/2003/not20030929p32352.htm

18 de set. de 2012

O lado negro da Força


  Aos estimados leitores peco minhas sinceras desculpas pela falta de publicação, não por falta de conteúdo, mas por ausência de tempo e uma viagem de 45 dias pelos EUA entre final de julho e inicio de setembro. Em breve comentarei alguns textos sobre esta viagem, porem o foco continuara' a Asia e hoje e' um dia muito delicado por aqui, 18 de setembro foi a data em que os japoneses tomaram a Manchúria durante a ocupação na China. Motivo de ódio ate' hoje, percebo que ha' uma tentativa de revidar o que os chineses passaram aos japoneses por aqui. Tudo e' desculpa para fomentar este ódio, os carros japoneses, os eletrônicos, as exportações, a comida, lojas, etc.

 Recentemente tem ocorrido protestos em apoio ao governo chines mediante a disputa de uma ilha próxima de Taiwan. Não vou entrar no mérito porque ainda não tenho maiores detalhes, mas parece que a disputa vem de muito antes porem na década de 50 ate' hoje foi-se postergando por não haver grande interesse de nenhuma das partes. Porem recentemente dizem que descobriram recursos naturais e ai a historia mudou e os dois países resolveram de tomar posse deste território inabitado e ai chegamos a realidade que vivenciei hoje.

 Grupos de apoio ao governo estão fazendo manifestações exaltando o governo e a atitude para dar suporte a ocupação desta ilha porem de maneira burra e estupida, depredando carros japoneses, atacando lojas e pessoas que sejam desta nacionalidade. O governo chines já pediu para que as pessoas não participem destas passeatas, que escondem pessoas de má fé que querem apenas criar desordem e confusão.



 Ontem passei próximo a um grande rede de supermercados japonesas e percebi que havia algo de errado no ar. Pouca gente e um clima de feriado, meio vazio. Hoje, sem me dar conta, pensei em jantar em um sushi bar, mas minha esposa disse que era uma piada de mal gosto devido a situação politica atual combinada com a data. Fomos então próximos a este supermercado e constatamos que havia pelo menos 50 policiais protegendo o local com dois ônibus com uma tropa de choque e todos os estabelecimentos estavam fechados e alguns ainda com cartazes cobrindo o nome do estabelecimento.

O clima tenso pode ser notado nas ruas pelas pessoas que ficam falando em voz alta palavras contra o Japão e agindo de maneira estupida. Não faltam carros japoneses que colocaram adesivos dizendo: " meu carro e' japonês, porem eu sou chines. Não destrua minha propriedade".

 Fabricas das maiores companhias japonesas não funcionaram hoje e pagaram os funcionários como se tivessem trabalhado para evitar qualquer desordem ou quebra-quebra.

 Quem tem a perder são apenas os chineses. Ao forçar estes estabelecimentos a não abrir, estão apenas estimulando as pessoas a ficarem sem empregos e deixar de gerar renda.

 Também foi mencionado o risco de transformar isso em uma segunda Revolução Cultural, ou seja, o povo fazendo justiça a sua maneira sem critérios e condenando pessoas apenas pelo julgamento das massas.